Microsoft Advanced Thread Analytics (ATA)
Muitos clientes que visito não fazem ideia do que é o ATA, mesmo possuindo ele no licenciamento EMS (Enterprise Mobility + Security). https://www.microsoft.com/pt-br/cloud-platform/advanced-threat-analytics
Entendendo o ATA
Para entender melhor o que é o ATA precisamos relembrar o que são produtos de segurança comportamentais (http://www.marcelosincic.com.br/post/Windows-Defender-ATP-Entenda-o-Novo-Produto.aspx).
Esse tipo de produto não se baseia em um código malicioso que é baixado a partir de um DAT com informações do código que será executado (assinatura de virus).
Nos serviços de segurança comportamental você analisa tendencias, usos comuns e atividades suspeitas, como por exemplo um usuário que nunca se logou em um servidor agora é administrador e acessa diversas maquinas.
O ATA conta com o expertise da Microsoft, empresa que criou o Active Directory, e baseia sua IA base nas informações de comportamento de bilhões de usuários ativos globalmente em seus sistemas.
Essa base de conhecimento aplicada ao ambiente corporativo é capaz de detectar tendências incomuns de usuários e proteger contra ameaças antes delas ocorrerem.
Instalando o ATA
A instalação é muito simples, pois a comunicação online é realizada diretamente com uma URL do Azure que recebe e processa com Machine Learning os dados de logs de segurança recebidos.
Para instalar basta executar o instalador que é bem simples e intuitivo. Após instalar o servidor, podemos instalar o Gateway que é o servidor Domain Controller que será analisado coletando os logs de segurança.
Uma vez instalado a administração é bem simples e é possivel avançar nas configurações informando por exemplo o SID de um usuário para servir de diagnostico de invasão, um range de IP de maquinas vulneráveis (em DMZ por exemplo) e outros recursos.
Uma vez instalado a manutenção dele é automática tanto do servidor quando dos gateways que são monitorados.
Verificando Issues de Segurança do AD
Após alguns dias já é possivel ver no painel alguns alertas, por exemplo abaixo o aviso de que alguns computadores estão usando nivel de criptografia vulnerável:




Esse outro exemplo um caso de execução remota de comandos e scripts por parte de um servidor remoto. Claro que nesse caso eu irei encerrar o aviso, uma vez que é uma atitude esperada pois tenho o projeto Honolulu na mesma maquina que executa comandos WMI:


Veja que nos dois casos eu consigo saber o que aconteceu, quem foi o usuário e em que servidor/desktop a atividade suspeita ocorreu.
Alem disso, o histórico de detecções nos ajuda a entender se este é um chamado real ou apenas uma atividade especifica.
Recebendo Alertas e Relatórios
O ATA permite que configure o recebimento dos alertas e dos reports com os dados.
Posso executar reports standalone:

Ou agendar para receber por email todos os dias, assim como os alertas:

Como adquirir o ATA
Essa é a pergunta que muitos fazem, mas é importante lembrar que como um produto online, ele pode ser adquirido por quem tem o Microsoft 365 com Security (novo EMS, o antigo EMS ou então adquirido individual.
Lembrando que como se trata de um produto vinculado ao O365, a aquisição é por usuário, mesmo que standalone.
Windows Defender ATP–Entenda o Novo Produto
Parte dos novos recursos do Windows 10 é a capacidade de detalhamento na segurança e integração com recursos do Microsoft DCU (Digital Crime Unit), que é a unidade da Microsoft que trabalha com o departamento de defesa para gerar e identificar ataques ao redor do mundo (https://blogs.windows.com/windowsexperience/2016/03/01/announcing-windows-defender-advanced-threat-protection/).
Tipos de Proteção Disponiveis
Em geral os antivírus são baseados em DAT que são arquivos com assinaturas de vírus e conseguem identificar programas que tenham atividades ou parte destes códigos considerados perigosos. Nessa categoria estão todos os antivírus atuais, o que inclui o Windows Defender.
Já os sistemas de proteção avançados contem com análise comportamental interna e externa, ou seja, eles identificam potenciais ameaças por comportamentos como fazem alguns produtos da Symantec e McAfee, que identifica maquinas enviando pacotes para outras maquinas, logins com força bruta, etc.
Já os sistemas de proteção comportamental com análise externa são produtos bem diferentes. Eles analisam comportamentos de maquinas no ambiente e comunicações externas. Com isso é possível identificar:
- Um grupo de maquinas recebendo pacotes de uma determinada maquina com conteúdo suspeito
- Pacotes oriundos de países onde o ataque de phishing e similares são comuns
- Pacotes oriundos de maquinas já identificadas como “zumbi”
Ou seja, com base na análise do próprio ambiente e de comportamento de hackers, é possível identificar que determinado hacker está tentando invadir uma empresa ao analisas que este hacker está enviando pacotes para a rede da empresa alvo.
O que é o ATA e o ATP
Nos produtos Microsoft esse produto é o ATA (Advanced Thread Analisys) que trabalha no Active Directory e logins, e o ATP (Advanced Thread Protection) que trabalha com Machine Learning (análise de dados) sobre os logs das maquinas individuais.
Na prática o Windows Defender ATP trabalha com o mesmo log que o Windows Defender, mas online e com base nas análises e dados do DCU. Com isso é possível identificar ameaças que não são encontradas nos tradicionais DAT ou com base apenas em uma única maquina que é a forma como os antivírus tradicionais trabalham.
O ATA é parte do EMS (Enterprise Mobility Suite), mas pode ser adquirido a parte: https://www.microsoft.com/pt-br/server-cloud/products/advanced-threat-analytics/overview.aspx
O ATP ainda está em preview com acesso por solicitação: https://www.microsoft.com/en-us/WindowsForBusiness/windows-atp
Overview do ATP
Como já possuo acesso ao ATP, vamos ver como ele funciona. Para pedir esse acesso, entre na página acima e complete com seus dados. É possível incluir maquinas de seu ambiente, mas o sistema gera algumas maquinas com vírus e problemas para testes automaticamente. Note nas telas abaixo que o usuário utilizado é gerado pela Microsoft para os testes.
Ao receber o acesso, o primeiro passo é indicar tempo de retenção e perfil da empresa que serve para elaborar threads por tipo de segmento:

Na sequencia geramos o pacote ou o script para distribuição das configurações. Note que é possível criar os pacotes para distribuição por GPO, SCCM, Intune ou Local que é o que utilizarei nos meus testes:

O passo seguinte é baixar o pacote, no meu caso o Local Script:

O script contem um arquivo CMD para ser executado manualmente nas maquinas que desejo que o log do Defender seja enviado para o ATP. Esse script cria uma chave no registro para indicar o meu tenant e ativar o ATP:

A partir de agora as suas maquinas passarão a enviar dados para o ATP em algumas horas.
No caso do meu teste, posso utilizar os dados da maquina que a Microsoft gera com testes e ver os alertas e o dashboard. A primeira tela é o Dashboard que indica o comportamento geral no ambiente monitorado:

Neste caso não tenho alertas gerados nos últimos 30 dias, mas tenho os de criação do tenant para demonstrar como utilizar o gerenciamento de alertas:

Cada alerta pode ser ignorado, marcado como resolvido ou suprimido em todo o tenant ou apenas para esta maquina específica:

Conclusão
Este tipo de análise dos dados é essencial para a segurança da corporação. Em breve disponível como serviço no Azure, o ATP é uma nova forma de analisar e garantir seu ambiente.
Windows 2003 EOL (End Of Live) – Parte 1: Primeiros Passos e Usando o Simulador Microsoft
Em 14 de Julho de 2015, menos de um ano da data de hoje, o suporte ao Windows 2003 acaba e muitas empresas ainda não estão tomando os passos necessários.
A Microsoft disponibilizou um site onde podemos baixar os datasheets e utilizar um assistente para gerar relatórios: http://www.microsoft.com/en-us/server-cloud/products/windows-server-2003/
Quais os Riscos e Problemas
- Fim das Atualizações (Updates) – Apenas os sistemas operacionais Windows Server 2008 e superiores receberão atualizações
- No Compliance – Operadoras de cartão de crédito e sistemas bancários internacionais (SOX, Basiléia, etc) não permitiram transações a partir desta versão
- Segurança Afetada – Todos os novos métodos de invasão, falhas de protocolo ou problemas de SO não receberão correção, significando maior investimento em ferramentas adicionais ou inviabilização de métodos e aplicações
- Alto Custo de Manutenção – Os novos servidores e hypervisors não irão mais fornecer drivers para o Windows 2003, impossibilitando refresh de hardware e atualização de versão do hypervisor/VM tools
Como Começar a Partir de Agora
O primeiro passo é realizar um Assessment no ambiente para descobrir todas as aplicações, para isso podemos utilizar o MAP (Microsoft Assessment and Planning) que gera relatórios muito bons para migração. Ele até mesmo gera os dados de compliance de hardware e indicações para virtualização.
Para utilizar o MAP foi criado um MVA no ano passado, o foco era migração de Windows XP, mas o funcionamento da ferramenta e geração de dados é similar: http://www.marcelosincic.com.br/blog/post/MVA-sobre-MAP-%28Microsoft-Assessment-Planning-and-Toolkit%29.aspx
O segundo passo é analisar compatibilidade das aplicações existentes, o que inclui a versão do web server e dos componentes de aplicações que estejam nestes servidores, versões de banco de dados, etc.
É aqui que está o grande risco, muitos dos profissionais de TI que converso e empresas estão focando em migrar AD, File Server e outros papeis do Windows, que a Microsoft preparou métodos fáceis de migração já que são Roles do sistema operacional. O problemas são as aplicações desenvolvidas internamente ou não.
Por exemplo, o SQL Server 2005 executado no Windows 2003 precisará ser migrado para SQL Server 2008 R2, aplicações escritas em .NET 1.x-2.x executando no IIS do Windows 2003 precisarão ser avaliadas muito criteriosamente, SharePoint 2003 e 2007 precisarão ser migrados para SharePoint 2010 ou 2013…
Estes exemplos deixam claro que o trabalho da migração vai muito além de apenas virtualizar!
Para isso existem muitos softwares que fazem o papel de analisador, como por exemplo, o Dell ChangeBase e o AppZero. O primeiro analisa todas as aplicações instaladas (similar ao Microsoft ACT) e testa automaticamente os métodos padrão e nativos de compatibilização. O segundo possui diversos métodos adicionais de compatibilização e faz um tracking de uma aplicação, gerando um pacote MSI, o que é extremamente útil em cenários onde não temos um instalador e não sabemos as dependências de uma aplicação.
O terceiro passo é analisar as opções, onde podemos avaliar um P2V (migração de máquina física para virtual) on-premisse, migração de sites ou banco de dados para o Microsoft Azure, criação de VMs em ambiente cloud com transferência de serviços e dados, etc.
Esta fase é onde precisamos criar planos bem definidos de migração para cada uma das aplicações e funções que hoje estão no Windows 2003. É a fase onde devemos nos concentrar em parada de serviços, seqüencia das operações, processos de migração, etc.
Conclusão
Deixar para depois a migração dos servidores é muito mais sério do que a migração de estações. Até hoje muitas empresas ainda possuem XP e sentem as dificuldades e custos de manter um sistema operacional sem suporte. Comece desde já a se preparar e será muito mais fácil.
Em um próximo artigo irei falar mais sobre o MAP e outras ferramentas para o Assessment.
Scripts Google Analytics Carrega Virus no Fiirefox
Se você está recebendo a mensagem abaixo saiba que o problema são os scripts do Google Analytics em conjunto com o Firefox:

Na verdade é um virus apontando para o endereço de um zip (IP 81.4.120.101 Arquivo FlashInstall.zip), pois o Flash está atualizado e mais recente que o indicado na mensagem:

Após remover o código de script, o site volta a funcionar, como você pode ver agora:

Seguem os códigos que precisei remover do meu blog para a mensagem não reaparecer:

Outros sites com o mesmo problema:



Tenho o antivirus atualizado, não baixo programas ou outras coisas não oficiais no notebook afetado e não encontrei a causa raiz até o momento.
Vulnerabilidade do Java explorada no Firefox
Ontem fiquei das 23:00 até as 3:00 da manhã para desativar e só hoje consegui resolver definitivamente a infecção que explorou a vulnerabilidade do Java no Firefox (figura 1), sendo que já estou com a versão 11.
Notei que ao entrar no site uma empresa de software legitima, apareceu o ícone do Java e instalou um falso antivírus que não me deixava abrir nem o prompt de comando, gerenciador de tarefas ou outras aplicações.
Alem disso ele desabilitou o McAfee e não permitia acesso para atualização das politicas e DATs por ter desabilitado os serviços, como mostra o gerenciador NAP de conexão a minha rede corporativa (figura 2).
E o pior é que o McAffee só enxergou o trojan (figura 1) depois que eu MANUALMENTE fiz o update do DAT (Daily DAT Update) e já tinha achado o vírus em Modo de Segurança, que é um arquivo com o nome VWTFRZIUZ.exe no diretório TEMP dentro do perfil do usuário.
O motivo é que o JRE 6.0.31 é o Java não vulnerável, mas não atualiza o Firefox que continua com a versão antiga (figura 3) porque o instalador do JRE 6.0.31 não remove o JRE 6.0.30 que é vulnerável, e com os dois instalados a vulnerabilidade continua ativa (figura 4).
Recomendo que vocês façam o que tive que fazer depois de já infectado:
- Verifiquem qual o JRE que o Firefox de vocês está utilizando
- Se for anterior ao JRE 6.0.31 removam manualmente o JRE pelo painel de controle do Windows
- Instalem o JRE 6.0.31 pelo link: http://java.com/en/download/inc/windows_new_xpi.jsp se precisa do Java
- Desabilite o plugin do Java nos navegadores e habilite apenas nos sites que realmente necessita

Figura 1 – Trojan instalado utilizando a vulnerabilidade do JRE 6.0.1

Figura 2 – Antivirus desativado pelo trojan

Figura 3 – Aviso do Firefox de que o JRE 6.0.3 ainda estava instalado

Figura 4 – Coexistencia dos JREs, sendo que o 6.0.3 é o vulnerável