System Center Configuration Manager 2012 SP1 Beta Anunciado e Disponivel para Download

Hoje foi anunciado o Service Pack 1 do SCCM 2012, o que acrescenta importantes funcionalidades ao produto (inclui todos os outros produtos, detalhes no final do post).

Importante: Os arquivos disponibilizados não são apenas o Service Pack, contem o produto com o SP1!

Como já se tornou conhecido pelo público, hoje um Service Pack não é simplesmente um conjunto de updates e hotfix. O Cumulative Update se tornou a coleção de hotfix e o Service Pack alem de contem os fix dos CUs contem também novas funcionalidades. Isso ficou muito claro com o Windows 2008 R2 SP1 que trazia o Hyper-V 2.0

Algumas novas funcionalidades do SCCM 2012 SP1:

  • Deploy de SO automatizado para Windows 8 e Windows Server 2012
    Hoje é possivel fazer com o SCCM 2012 a distribuição destes novos SOs com o OSD, porem não há suporte as novas funcionalidades para serem configuradas, e estas serão acrescentadas no SP1
  • Pontos de distribuition (Distribution Points) utilizando o Azure
    Esta inclusão é muito interessante por permitir que empresas com conta no Azure tirem do tráfego downloads de software por parte de funcionários remotos
  • Automação de tarefas com o suporte acrescentado ao PowerShell
    Com a inclusão do PS em outros produtos se viu como uma linguagem de script fazia falta na automação de algumas tarefas por meio de scripts, e agora o SP1 permitirá isso com o SCCM 2012
  • Gerenciamento de clientes com Mac OS X e Linux/Unix
    Esta é uma funcionalidade muito aguardada, já que em maio de 2011 já se falava neste suporte. Agora, finalmente, temos esta possibilidade
  • Integração com Windows Intune
    Com o Service Pack 1 do SCCM 2012 e a nova versão do Intune será possivel integrar as duas plataformas (on-promisse e cloud) para gerenciar os usuários dentro e fora da empresa, mas utilizando um console unico pelo SCCM. Um ponto interessante é que a licença do Windows Intune para quem possui o SCCM 2012 será reduzido!

Qual a previsão de disponibilização da versão final destes produtos?    Inicio de 2013.

Caso deseje testar estas novas funcionalidades, é importante lembrar que produtos Beta não oferecem suporte pela Microsoft. O ideal é utilizá-los para testes e talvez gerenciar ambientes controlados.

Link para baixar o SCCM 2012 SP1 Beta: Microsoft Download Center

Release Notes: http://technet.microsoft.com/en-us/library/jj591611.aspx

Windows Intune, conta para 30 dias de testes: http://www.microsoft.com/en-us/windows/windowsintune/try-and-buy.aspx

 

Lista de alterações nos outros produtos da Suite System Center 2012:

  • Virtual Machine Manager
    • Improved Support for Network Virtualization
    • Extend the VMM console with Add-ins
    • Support for Windows Standards-Based Storage Management Service, thin provisioning of logical units and discovery of SAS storage
    • Ability to convert VHD to VHDX, use VHDX as base Operating System image

 

  • Data Protection Manager
    • Improved backup performance of Hyper-V over CSV 2.0
    • Protection for Hyper-V over remote SMB share
    • Protection for Windows Server 2012 de-duplicated volumes
    • Uninterrupted protection for VM live migration
  • App Controller
    • Service Provider Foundation API to create and operate Virtual Machines
    • Support for Azure VM; migrate VHDs from VMM to Windows Azure, manage from on-premise System Center
  • Operations Manager
    • Support for IIS 8
    • Monitoring of WCF, MVC and .NET NT services
    • Azure SDK support
  • Orchestrator
    • Support for Integration Packs, including 3rd party
    • Manage VMM self-service User Roles
    • Manage multiple VMM ‘stamps’ (scale units), aggregate results from multiple stamps
    • Integration with App Controller to consume Hosted clouds
  • Service Manager
    • Apply price sheets to VMM clouds
    • Create chargeback reports
    • Pivot by cost center, VMM clouds, Pricesheets
  • Server App-V
    • Support for applications that create scheduled tasks during packaging
    • Create virtual application packages from applications installed remotely on native server

 

Interface Core e Sistema de Arquivos do Windows 8 Server

Duas novas informações vindas do time do Windows 8 Server são interessantes, uma pela consolidação e mudança na interface e outra por ser uma “novidade” que já era esperada desde o Longhorn (Windows 2008 RTM).

Interface Core

Essa mudança é significativa, apesar de não ser nova por já estar presente no Windows 2008 R2. Porem agora a interface Server Core será o padrão ao invés da interface completa em servidores Windows 8.

Com essa alteração vemos como está sendo bem aceito e fundamentado pelos clientes o uso de um SO Windows com menor consumo de memória (512 Kb no Core contra 1.5 GB com a interface gráfica).

Mas adicionalmente foi acrescentada a possibilidade de alterar entre o modo GUI e o Core, o que hoje não é possivel no Windows 2008 R2. Isso permitirá, inclusive é destacado no anúncio, que um administrador poderá instalar a interface gráfica para configurar o servidor e após terminar retornar para o modo Core, o que será muito bom para os que conhecem pouco de PowerShell.

Referencia http://blogs.technet.com/b/server-cloud/archive/2012/01/11/windows-server-8-server-applications-and-the-minimal-server-interface.aspx

Novo Sistema de Arquivos ReFS

Desde o Longhorn que se falava de um sistema de arquivos baseados em banco de dados e que foi testado e tinha o code name WinFS. Porem o modelo de banco de dados não é como o de arquivos por diversos motivos, mas principalmente na forma de armazenar dados que difere em muito documentos.

Já ouvi muitas vezes pessoas dizendo que o SharePoint guarda arquivos em banco de dados, porem são dados em formatos estruturados e não binários desestruturados como é o caso de um disco. Por exemplo, um doc/gif/jpeg/pdf tem inicio e fim na clusterização do arquivo com conteudo definido pela aplicação, enquanto em um sistema de arquivos como o NTFS guarda dados de criptografia para cada arquivo e dados desestruturados como é o caso do Shadow Copy (VSS).

O que o ReFS irá agregar de conceitos de banco de dados não é o formato BLOB ou CLOB de armazenamento, mas sim a estruturação do sistema de arquivos.

Isso é fácil de se entender quando pensamos que no NTFS original guardava-se os metadados do arquivo em uma “tabela” onde havia data de criação, nome e outros dados comuns, que seram vinculados as listas de permissões ACL/ACE com o “ID” do arquivo. Com o passar do tempo e as evoluções surgiram muitas outras tabelas como criptografia, compressão, BitLocker, Shadow Copy, etc. Com isso o NTFS acabou se dissipando em uma série de “tabelas” que tratam de determinado metadado. Imagine um disco onde o NTFS esteja com criptografia e VSS habilitado quantas diferentes informações estarão espalhadas entre as diversas tabelas especificas de cada recurso.

Já no ReFS será utilizado o conteudo de chave primária para um arquivo e apenas um ID e as tabelas serão unificadas com o conceito de “Key Value” comum em aplicações que utilizam matriz (array) como .NET e Java.

Abaixo é possivel ver um exemplo que o time de produto divulgou onde a tabela de alocação contem apenas o ID e a referencia dos blocos fisicos no disco, uma tabela contem os metadados basicos do arquivo e outra todos os “Key Values” juntos.

image

O conceito de “Key Value” é muito util pois podemos representar qualquer informação adicional sem a necessidade de criar tabelas em separado. Veja o exemplo abaixo, claro que teórico de como representar a melhora.

image

Note que no modelo NTFS temos uma “tabela” que representa apenas a criptografia e para cada agente de recuperação repete-se os dados. Multiplique isso por cada tipo de informação que um arquivo armazena no NTFS.

Em modelo baseado em estruturas de tabelas todas as informações estão em um unico lugar baseada no código do “Key” e o valor guarda os detalhes daquela informação, reduzindo o numero de tabelas para controle.

Isso irá reduzir a superficie de falhas por não serem x tabelas (ou blocos) para guardar e recuperar os dados, sendo mais simples ao SO juntar as informações e manter os backups (réplicas) atualizadas.

Nota: Não será possivel converter o sistema de arquivos, será necessário mover e reformatar.

Referencia http://blogs.msdn.com/b/b8/archive/2012/01/16/building-the-next-generation-file-system-for-windows-refs.aspx

Novas Funcionalidades do Failover Cluster no Windows 2012

Um post no blog do time de produto do Windows 2012 levanta luz sobre novas funcionalidades que o MSCS (Microsoft Cluster Service) terá em http://blogs.technet.com/b/server-cloud/archive/2011/12/08/windows-server-8-hyper-v-and-high-availability.aspx.

Muitas funcionalidades são de gerenciamento e configuração, mas algumas se destacam:

  • Live Migration com multiplicas placas de rede – Hoje designamos uma placa para dar suporte ao Live Migration e somos limitados a uma VM por vez. O Windows 2012 utilizará todas as placas que estejam disponiveis para o processo, o que permitirá maior performance e multiplas operações. O processo será alterado de uma placa dedicada como é hoje para utilizar a banda livre em toda as placas.
  • Priorização e Afinidade de VMs – Estes eram dois tópicos delicados quando vendiamos soluções MSCS, pois não temos como indicar a sequencia com que as VMs deverão iniciar e, muito menos, a dependência entre elas. Isso causava problemas com aplicações como SharePoint, System Center ou IIS que dependiam do SQL Server estar iniciado para funcionarem. Como não podiamos indicar esta ordem os servidores IIS subiam antes do SQL, causando queda ou instabilidade nos serviços.
  • Novos limites de 63 nós e até 4000 VMs – Hoje o limite é 16 nós de cluster com até 1000 VMs ou 384 por host. Com o novo limite de 63 nós, aumentou correspondentemente para 4000 VMs. Um aumento de 4 vezes em número de host e VMs suportadas.
  • Transferencia de File Server transparente – Este é um dos itens muito importantes que para muitos passava despercebido em projetos e que na administração do dia-a-dia se davam conta. Quando se move um share de um File Server virtual de um nó para outro o SMB (protocolo de comunicação) derrubava a sessão e o usuário recebia uma mensagem de erro de I/O. No SMB2 no Windows 2012 será possivel fazer a migração sem a perda da sessão, resolvendo este problema. Adicionalmente isso também acontecerá se o File Server foi movido para um site remoto, porem neste caso entra o Hyper-V Replica que já é outro recurso novo no Hyper-V e não do MSCS

Quem quiser ler todo o conteúdo, segue o link http://blogs.technet.com/b/server-cloud/archive/2011/12/08/windows-server-8-hyper-v-and-high-availability.aspx